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30-11-2005

Confrades novamente em capítulo


XXVII Grande Capítulo da Confraria dos Enófilos da Bairrada

O belíssimo e emblemático Palace Hotel do Bussaco voltou, à semelhança das anteriores edições, no passado sábado, dia 26 de Novembro, a receber mais um grande Capítulo da mais antiga confraria báquica portuguesa - a Confraria dos Enófilos da Bairrada que, este ano, entronizou 19 novos confrades - entre os quais apenas uma nova confreira - bem como ainda, como enófilo honorário, o convidado de honra, João Pedro Cyrillo Machado, presidente da CAP - Confederação dos Agricultores de Portugal.

Rejuvenescimento das mentalidades regionais

Apesar da noite gélida, mais de uma centena de confrades da Confraria dos Enófilos da Bairrada - subiu Palace Hotel do Bussaco, local onde teve lugar o 27º Grande Capítulo da Confraria.

Após a cerimónia de investidura dos 20 novos confrades, que juraram solenemente “defender, promover e divulgar” os vinhos da região, teve lugar o jantar que decorreu nos dois elegantes e exuberantes salões, decorados com belíssimos quadros de mestres pintores e peças decorativas de alguns dos mais notáveis e prestigiados artistas nacionais.

O jantar, assinado pelo chefe Carlos Pimentel, este ano, após os aperitivos variados, foi marcado por dois pratos requintados e elegantes: - espargos verdes gratinados com queijo da serra e um magret de pato corado com coulis de frutos silvestres, acompanhado por puré de cenoura e pêra cozida em vinho tinto.

A sobremesa, essa foi composta por quadrados de mel com gelado de noz, tudo, como é evidente acompanhado por alguns dos melhores néctares da região (ver quadro).

Na hora dos discursos, Luís Pato, que termina o seu triénio à frente desta Confraria bairradina, deixou uma mensagem de esperança “para que a região volte a ocupar o seu lugar na hierarquia qualitativa nacional”, graças aos “cuidados com a vinha, com os solos, que, associados ao rejuvenescimento dos agentes económicos, vai trazer grandes alegrias, neste mundo global e superlotado de vinhos quase iguais e dominado pelas castas mais globalizadas”.

Luís Pato que considera “o rejuvenescimento das mentalidades regionais factor decisivo na melhoria da economia local”, explicou ainda a todos os presentes que, sob a sua liderança, os órgãos sociais da Confraria “funcionaram sempre que foi preciso, reunindo esforços por forma a que todas as iniciativas decorressem da melhor forma”. Este responsável falou ainda do concurso “Os melhores Vinhos da Bairrada”, mas também a comemoração, em 2004, do “25º aniversário da Confraria”, levados a cabo pela direcção cessante, num conjunto de iniciativas de grande importância e notoriedade, mas também uma direcção onde “não houve tricas, dores de cotovelo e na qual todos procuraram sempre trabalhar para o bem comum.”

“Nova direcção irá fazer brilhar a Confraria”

Desejando ainda os melhores votos à nova direcção da Confraria, Luís Pato afirmou acreditar que esta irá “fazer brilhar a Confraria”, até porque, “dada a sua composição, vai dar grande brilho a esta região, que assim começará a sair da sua letargia”. A terminar, deixou ainda uma palavra de alento à própria região: “devido ao interesse de grandes investidores regionais, tem produzido, nas últimas colheitas, vinhos de qualidade apreciável que, certamente, irão não só honrar a tradição de excelência, mas também elevar a apreciação dos seus vinhos, ao invés do que sucede no presente”.

“Desafio da excelência e da qualidade total”

Por seu turno, Vítor Catarino, pelos novos confrades, sublinhou a importância de acompanhar a evolução dos tempos e as tendências vitivinícolas mundiais, até porque como destacou, “a Bairrada não pode ficar para trás, pois tem tudo: grandes solos e tradição”, realçando também ser fundamental e imprescindível, “eliminar o que não tem lugar no consumo de hoje”, ou seja, banir todo o vinho de má qualidade que existe e se continua a produzir na região, considerando essencial, “estar atento para fazer todos os dias melhores”.

O empresário, que é responsável por um dos grupos empresariais mais importantes da região, sublinhou ainda a importância de saber responder “ao desafio da excelência e da qualidade total”, até porque, como explicou, “não há outro caminho senão o da excelência, única forma de sermos felizes”.

Perante a atenta plateia, avançou ainda que a excelência num sector de actividade se traduz em “organizações fortes”,”em empresas estáveis, competitivas e que fidelizam os seus quadros e clientes”. Um exemplo que o sector vitivinícola deve seguir, pois “organizações fortes devem e podem participar activamente no desenvolvimento da região onde está instalada”

Para Vítor Catarino, a excelência consegue-se “através das melhores práticas, tradição mas também à inovação que deve ser constante”, lançando ainda um alerta aos cuidados a ter com a imagem, o markting ao produto, o que passa também pela selecção e cuidados na escolha de garrafas apropriadas, com um design atractivo, por um design gráfico apelativo, por um rótulo de grande qualidade e na obrigatoriedade de acreditar no vinho, na região e no país, sendo ambicioso, desassossegado, mas cordial, simpático, humilde e ético.

“Um grande esforço na renovação”

Já Fernando Castro, em nome dos velhos confrades, ainda que de improviso, “brincou” com os conceitos de “novo” e “velho”, deixando ainda aos novos confrades, acabados de entronizar, a responsabilidade de defender os vinhos da Bairrada, sem vergonha ou constrangimentos, pois os “Bairradas, de hoje, têm já grande qualidade”.

Considerando os novos confrades “o compromisso de rejuvenescimento da nossa confraria - defender o seu papel de defensora dos vinhos da Bairrada de qualidade”.

Num apelo à restauração, o administrador das Caves Aliança, alertou para o facto de ser omitidos da carta de vinhos, de uma forma escandalosa, da nossa região, destacando ser preciso “ter orgulho nos vinhos de qualidade da nossa região”, apelando ainda ao consumo “com moderação”, até porque, o “vinho, é um produto muito sério”,”é preciso ensinar os jovens a prova-lo e a bebe-lo com moderação”.

Fernando Castro, que, a partir de Março do próximo ano, assume a presidência da Confraria dos Enófilos da Bairrada, sucedendo a Luís Pato, avançou ainda estar em marcha e já a ser elaborado um programa de actividades, capaz catalizar e a animar a actividade da Confraria para que todos os confrades se sintam mais próximos e mais ligados aos problemas da nossa região, até porque, como destacou, “a região está a fazer um grande esforço na renovação e embora o mercado ainda não reconheça o esforço que está a ser feito acredito que dentro de pouco tempo irá começar a conhecer, pois já há sinais de que podemos oferecer produtos de grande qualidade com boa relação qualidade/preço, indo ao encontro dos gostos dos consumidores: “fazendo vinhos que agradem aos consumidores. Ou seja, fazendo vinhos para os mercados e não procurando mercados para os nossos vinhos”.

“Assumirmo-nos como um lobby político”

A terminar o convidado de honra João Pedro Machado que também está ligado aos vinhos, não deixou de salientar ser necessário “assumirmo-nos como um lobby político, pois graças a essa situação conseguimos determinadas coisas”, “não há pois que ter vergonha disso.”

Embora a CAP represente todos os sectores de actividade e regiões do país, considerou ser, para si, “uma honra muito grande pertencer a esta Confraria, interpretando este gesto pelo lugar que ocupo e não pela minha pessoa e amizade, de vários anos, que mantenho com Luís Pato”.

João Pedro Machado, que reconhece viver o sector (vitivinicultura nacional) “um momento particularmente difícil com a reorganização institucional do sector”, acredita que esta situação “pode pôr em risco o que criámos nos últimos 20 anos”, daí considerar essencial que “todos os dias tenhamos de pensar nos desafios que temos pela frente”.

Lista de vinhos servidos

Caves Messias

Espumante Quinta do Valdoreiro Baga/Chardonay 2003 Bruto

Vinho com aromas tostados que combinam na perfeição com aperitivos salgados.

Sílvio Cerveira (Colinas de São Lourenço)

Vinho branco Chardonay 2004

Para que um vinho branco “aguente” um queijo é necessário que mostre o s+eu corpo mas tenha também um complemento tânico da madeira de carvalho. Esta foi a razão da escolha para acompanhar um queijo de pasta mole, com aromas fortes.

Caves São Domingos

Quinta de São Lourenço 2003

Com carne escura como é a do peito de pato, a casta Baga, apresenta uma combinação ideal. O ano de 2003, quente durante o Verão e a época de vindima, deu a este vinho redondo, mas que mantêm os taninos próprios da casta para fazer a conjugação com a gordura do peito de pato.

Dores Simões

Confraria 25 anos Baga 1980

Poucas são as castas que dão vinhos com tamanha longevidade. Este é a prova de que com a idade, a Baga, em bons anos, dá vinhos sublimes. Escolhemos dois vinhos para harmonizar (ou como diz Aníbal Coutinho - para maridar) com um prato de carne escura, para mostrar a capacidade da casta tradicional da região no acompanhamento dos menus mais refinados, não sendo importante a idade do vinho, mas sim a companhia.

Caves São João

Espumante Quinta do Poço do Lobo 2003 Bruto

Com doce é bom sentir o contraste da acidez de um bom espumante. Foi esse o critério que presidiu à escolha deste espumante jovem, mas que apresenta uma boa acidez que fará o contraste ácido/doce harmonizador de sabores e perfumes.

EM CAIXA

Palace Hotel do Bussaco

Palácio neo-manuelino, construído pelos monarcas portugueses, nos finais do século XIX. Constitui uma das jóias artísticas da Europa. Subordinado, de um modo geral, ao tema “Descobrimentos”, o conjunto exibe uma riqueza de decoração com uma exuberância de arcos abobadados, escadarias em mármore, tapeçarias raras, quadros de mestres pintores e peças de alguns dos mais notáveis artistas portugueses, para espanto e encanto dos hóspedes.

Situado a norte de Coimbra, o complexo é rodeado por jardins formais no coração do Parque Nacional do Buçaco, o “ex-libris” botânico de Portugal, com 105 hectares de floresta murada, plantada há séculos pelos monges Carmelitas. Sob a gestão da família de Alexandre de Almeida, desde 1917, o Palace Hotel do Bussaco tornou-se um dos mais fascinantes e históricos hotéis do mundo, com uma tradição contínua de luxo total.

Cerimónia de investidura

Enófilo Honorário: João Pedro Cyrillo Machado

Enófilos: Alexandrino Manuel Amorim; Amílcar Manuel Sismeiro; António Manuel Granjeia; Carlos Filipe Brandão; Fernando Corrêa Oliveira; Fernando José Catroga; Francisco Maria Moita Flores; Francisco Pereira Ribeiro; Humberto Sanches Netto; João Cláudio Fontana; João Filipe Lopes Soares; João Manoel Costa; José Luís Biscaia; Manuel Fernando Teixeira; Maria José Costa Palma; Pedro Fonseca Alegre; Pedro Guilherme Andrade; Vítor Manuel Almeida Rosa; Vítor Manuel Catarino Santos.

Catarina Cerca


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